O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobatérias (também chamadas arqueas), todos
seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo
diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente menores do que 8
micrômetros ( 1µm = 0,001 mm).
As bactérias (do grego bakteria:
'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande
importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são
encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no
interior de muitos seres vivos.
Exemplos da importância das bactérias:
- na decomposição de matéria
orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto
anaerobiamente;
- agentes que provocam doença no
homem;
- em processos industriais, como por
exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do
leite em coalhada;
- no ciclo do nitrogênio, em que
atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa
ser utilizado pelas plantas;
- em Engenharia Genética e Biotecnologia para
a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de
crescimento.
Estrutura das Bactérias
Bactérias são microorganismos
unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos
coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém os quatro
componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma,
ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula
de DNA circular, que constitui o único cromossomo
bacteriano.
A região ocupada pelo cromossomo
bacteriano costuma ser denominada nucleóide. Externamente à membrana plasmática existe uma
parede celular (membrana esquelética, de composição química específica de
bactérias).
É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossomo
bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para
resistência a antibióticos.
Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, chamado de cápsula. É o caso dos pneumococos (bactérias causadoras de pneumonia). Descobriu-se que a periculosidade dessas bactérias reside na cápsula em um experimento, ratos infectados com pneumococo sem cápsula tiveram a doença porém não morreram, enquanto pneumococos capsulados causaram pneumonia letal.
A parede da célula bacteriana, também conhecida como membrana esquelética, reveste externamente a membrana plasmática, e é constituída de uma substância química exclusiva das bactérias conhecida como mureína (ácido n-acetil murâmico).
Reprodução das Bactérias
A reprodução mais comum nas bactérias é assexuada por bipartição ou cissiparidade. Ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. As bactérias multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando dispõem de condições favoráveis (duplica em 20 minutos).
A separação dos cromossomos irmãos conta com a participação dos mesossomos, pregas internas da membrana plasmática nas quais existem também as enzimas participantes da maior parte da respiração celular.
Para as bactérias considera-se reprodução sexuada qualquer processo de transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. Esses cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir.
A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: por transformação, transdução e por conjugação.
As Cianobacterias
Extremamente parecidas com as bactérias, as cianobactérias são também procariontes. São todas autótrofas fotossintetizantes, mas suas células não possuem cloroplastos. A clorofila, do tipo a, fica dispersa pelo hialoplasma e em lamelas fotossintetizantes, que são ramificações da membrana plasmática.
Além da clorofila, possuem outros pigmentos acessórios, como os carotenóides (pigmentos semelhantes ao caroteno da cenoura), ficoeritrina (um pigmento de cor vermelha, típico das cianobactérias encontradas no Mar vermelho) e a ficocianina (um pigmento de cor azulada, que originou o nome das cianobactérias, anteriormente denominadas "algas azuis") . Elas vivem no mar, na água doce e em meio terrestre úmido.
Há espécies que possuem células isoladas e outras que formam colônias de diferentes formatos.
As Arqueobacterias
As arqueobactérias (archeo = antigo / primitivo)
representam um restrito grupo de organismos procariontes, reunindo uma baixa
diversidade de espécies, manifestando características que as diferenciam das
eubactérias (eu = verdadeiro), de acordo com a estruturação de algumas
moléculas como: os ácidos nucléicos (RNA ribossômico) e elementos integrantes
tanto da membrana plasmática quanto da parede celular.
Essas bactérias primitivas geralmente habitam regiões praticamente inóspitas, onde vigoram condições ambientais extremadas, seja pela elevada taxa de salinidade, grau de temperatura ou pH (potencial hidrogeniônico), certamente impossibilitando a ocorrência de outros tipos de vida, o que explica o baixo número de seres representantes. Porém, mesmo frente à resistência evolutiva, também podem habitar locais amenos, como por exemplo, o aparelho digestivo de certos animais.
Essas bactérias primitivas geralmente habitam regiões praticamente inóspitas, onde vigoram condições ambientais extremadas, seja pela elevada taxa de salinidade, grau de temperatura ou pH (potencial hidrogeniônico), certamente impossibilitando a ocorrência de outros tipos de vida, o que explica o baixo número de seres representantes. Porém, mesmo frente à resistência evolutiva, também podem habitar locais amenos, como por exemplo, o aparelho digestivo de certos animais.
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